quarta-feira, 17 de novembro de 2010

das descrições que faço

Cabisbaixo. Sua face pálida expressava um sentimento agudo de solidão. Seu mover de membros se fazia de uma forma atônica, sem a pretensão de demonstrar que se era um sujeito positivista.
Aquela expressividade clandestina contaminava-me; fazia-me perder a lucidez. Ainda acho que aquele moço necessitava da mesma proteção, do mesmo afago que eu. Porém, eu, realmente, não conseguia entender o porquê daquele escape à felicidade; daquela monotonia persistente.
De maneira infantil, o moço se fazia atópico quanto à sua sentimentalidade que tangenciava à normalidade. Seus sussurros eram inaudíveis, porém, ao ler seus lábios, previra que ele necessitava de uma companhia para fortalecê-lo, entretanto, o medo era superior aos seus desejos.
Paremos, portanto, de nos sentir inexoráveis ou fracos de mais. Esses dois sentimentos provocam um mal que destrói a nossa racionalidade; a nossa capacidade de entender as complexidades humanas.

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